O rapper Hungria e Gusttavo Lima (Foto: Divulgação) |
O brasiliense Hungria ainda não é figurinha repetida do rap nos programas de TV, como Emicida ou Projota. Mas é questão de tempo: na web, o sucesso de Gustavo da Hungria Neves é só cresce.
O clipe de “Coração de aço” foi lançado no fim de julho. Desde então, ganha cerca de 1 milhão de visualizações por dia. Mas Hungria sabe que a ascensão de um rapper pode ser ainda mais rápida se ele está acompanhado. Então, dá-lhe parcerias com popstars sertanejos.
Ele já rimou com Lucas Lucco (“Quebra-cabeça”) e Gusttavo Lima (“Eu vou te buscar”, que ainda tem a participação de Cléo Pires).
“Eu sou do rap, mas levanto a bandeira da música. Então o sertanejo, outros estilos, também fazem parte da minha vida. Assim como Lucas Lucco cantou um rap, eu também inverteria as posições e cantaria um sertanejo, sem dúvida”.
“Nosso país é sertanejo. Isso não é de hoje. Sertanejo há muito tempo vem dominando, nunca entrou em baixa”, pondera. E ele sabe que o envolvimento dele com sertanejo chama a atenção, porque “desperta a curiosidade”.
O clipe de “Quebra-cabeça” tem cerca de 45 milhões de visualizações. No total, o canal de Hungria tem mais de 3 milhões de inscritos e 657 milhões de visualizações.
Rapper Hungria com o sertanejo Lucas Lucco (Foto: Reprodução/Youtube) |
Mesmo com o domínio do sertanejo nas paradas, ele acredita que o mercado segue aberto para todo mundo. “Hoje, nossa geração tem uma mente muito aberta”, garante.
“Os pais de antigamente não deixavam o filho escutar um rap, e os pais de hoje já escutam rap com seus filhos e outros tipos de música. Isso é muito bacana”.
“Críticas aconteciam muito antigamente. Quando a gente começa a provar que nosso trabalho é um trabalho de esforço, que leva a coisas boas, as críticas perdem a força diante da proporção que a gente chega”, explica.
Rap no exterior, sertanejo aqui…
O sertanejo volta ao discurso de Hungria quando ele é questionado sobre a valorização do rap no Brasil. Como a popularização de artistas como Projota, Criolo e Emicida ajuda nisso?
“O rap no Brasil está rompendo fronteiras. Com certeza, ele é valorizado mais lá fora, porque lá fora isso é cultural. É como se fosse o sertanejo aqui, já se tornou uma questão cultural”.
Ele dá exemplos que mostram como os últimos meses foram “marcantes para o rap”:
“Conseguimos inserir o rap em novela, em televisão. Conseguimos mostrar que o rap não é só algo marginalizado. A cultura do rap é o protesto. Mas ele também fala de coisas boas”. Uma canção dele, “Lembranças”, está na trilha da novela “Malhação”.
Rapper Hungria (Foto: Reprodução/Instagram) |
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Do Enquanto isso no Maranhão, com informações: Agoramt
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