quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Lava Jato: ministro Felix Fisher arquiva investigação contra Flávio Dino

Investigação contra Flávio Dino foi arquivada a pedido da PGR, que argumentou que não existem provas para sustentar um processo investigatório (Foto: Divulgação)

A acusação de recebimento de propina por parte do governador do Maranhão, Flávio dino (PCdoB), foi arquivada por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Félix Fisher. O magistrado atendeu o pedido feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) que alegou não haver provas que sustentem a delação contra o comunista.

Flávio Dino teve o nome citado em delação do ex-executivo da Odebrecht, José Filho. Segundo ele, o governador – que na época era deputado federal – recebeu R$ 200 mil para a campanha de 2010 em troca de favorecer a empreiteira na tramitação de um projeto de lei na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A PGR, após quatro meses, enviou a denúncia ao STJ. Junto com a denúncia, o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, cujo principal assessor é o irmão de Flávio Dino, subprocurador Nicolao Dino, pediu o arquivamento afirmando que a delação não serve para uma investigação criminal e nem para uma ação penal contra o governador maranhense.

Além disso, o procurador argumenta que o caso delatado pelo ex-executivo já faz muito tempo o que dificultaria a investigação.

“Há uma dificuldade praticamente intransponível de se buscar uma prova autônoma do efetivo pagamento. O colaborador não sabe o endereço que teria passado o dinheiro por Flávio Dino e não tem ideia de quem teria entregue o dinheiro. De mais a mais, tudo se passou no longínquo 2010, o que, por si só, já reduz imensamente a probabilidade de êxito investigatório”, disse Janot.

Félix Fisher atendeu o pedido do PGR e arquivou investigação contra o comunista.




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