( João Batista Brito Pereira - TST/Divulgação) |
Tomou posse nesta segunda-feira (26), em Brasília, o novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho. O ministro João Batista Brito Pereira assume a presidência do Tribunal no lugar do ministro Ives Gandra Martins Filho, que deixa o cargo com o fim do mandato de dois anos.
A vice-presidência será ocupada pelo ministro Renato de Lacerda Paiva, e a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho pelo ministro Lelio Bentes Corrêa. O presidente Michel Temer participou da cerimônia, mas não discursou.
O novo presidente do TST, ministro Brito Pereira, tem 65 anos e é maranhense de Sucupira do Norte. Já em Brasília, entrou no TST como datilógrafo. Formou-se em direito e virou ministro há 18 anos.
No discurso de posse, Brito Pereira pregou a unidade na Justiça do Trabalho e disse que o tribunal enfrentará "questões complexas".
"A prioridade agora é a implantação da reforma trabalhista na jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. Após os necessários debates e a maturação do convencimento dos ministros na comissão instituída aqui para esse fim”, disse.
O Tribunal Superior do Trabalho já começou a fazer a atualização de súmulas, ou seja, o ajuste dos entendimentos do tribunal de acordo com as novas regras que entraram em vigor com a reforma trabalhista. Essas súmulas vão servir de base para as decisões da Justiça Trabalhista em todo o país.
Filho de um lavrador e de uma dona de casa, João Batista Brito Pereira nasceu na zona rural, no interior do Maranhão. Mudou de cidade várias vezes para estudar até chegar a Brasília. Em 1976, passou em um concurso para datilógrafo. O emprego era no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o salário não era dos melhores. Para economizar e conseguir pagar o curso noturno de Direito, ia a pé para a faculdade. Advogou e virou procurador.
Em 2000, retornou ao tribunal onde fora datilógrafo. Dessa vez, como ministro.
O ministro, que, quando criança, ajudava o pai na roça e no engenho de cana-de-açúcar em Sucupira do Norte, também fala com orgulho de sua trajetória. “Imagine você prestar concurso para datilógrafo no TST, em 1976, exercer o cargo até 1982, e, no ano de 2000, voltar para o Tribunal no cargo como ministro. O mundo tem sido muito bom para comigo.”
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