Beleza, isolamento e mistério envolvem uma antiga comunidade portadora de albinismo no Brasil.
Os primos Ronald e Ana Raisa caminham sobre uma duna na Ilha dos Lençóis. Com 30 metros de altura, ela é chamada de “Muro”, e é o único ponto em que celulares “às vezes funcionam”, diz ele. |
O estudo pioneiro também observou que o albinismo local é uma variação endêmica da forma oculocutânea tipo 2 (OCA-2), que causa uma cor amarelada mais intensa no cabelo e no pelo, gerando uma aparência loura. Para estudar o fenômeno, pesquisadores da Organização Mundial da Saúde foram até a ilha para levar os albinos a centros médicos. Com os ilhéus de pele clara sendo apresentados como criaturas “exóticas” Brasil afora, esse passado deixou traumas. Na época, eles ficaram conhecidos como os “filhos da Lua”.
Atualmente, são contabilizados 11 portadores de albinismo nascidos na ilha, mas apenas cinco ainda moram no vilarejo – três adultos e duas crianças. E, mais de um século depois da chegada dos primeiros colonos, poucas coisas parecem ter mudado na rotina local. Os homens trabalham na pesca e as mulheres cuidam dos lares. Alguns possuem pequenos comércios e o turismo é uma opção rústica – há apenas uma simpática pousada familiar. O fornecimento regular de energia só começou em 2009, e não há sistema de esgoto e de água tratada. A população retira água doce de poços cavados nas dunas, muitos deles contaminados pelo uso dos animais que vivem soltos.
Siga nossa página no Facebook, Instagram e no Twitter. Envie informações à redação do Blog Enquanto isso no Maranhão por WhatsApp (99) 81480344
Do Enquanto isso no Maranhão, com informações: National Geographic
Nenhum comentário:
Postar um comentário