O povoamento da atual cidade de Carolina teve início em torno de 1809, quando criadores de gado se instalaram na região. Elias Ferreira de Barros e Manoel Coelho Paredes construíram currais e moradias e, posteriormente, foram impelidos a sair do local pelo mercador goiano Francisco Pinto de Magalhães, sob a alegação de que as terras pertenciam ao príncipe. Pinto de Magalhães, juntamente com Antônio Moreira da Silva tomou posse do local, dando-lhe o nome São Pedro de Alcântara, em homenagem ao 1º padroeiro do Brasil, porém, o abandonaram em 1816.
O povoado Carolina situava-se, originalmente, na Província de Goyaz, na margem esquerda do rio Tocantins, a cerca de 100 quilômetros abaixo da localização atual. Foi fundado por Antônio Moreira da Silva em 1820, como povoado de Santo Antônio das Três Barras. Em 1823, o deputado padre Camargo Fleury deu ao povoado o nome Carolina, em homenagem a Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena (1797-1826) que, no Brasil, passou a assinar Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo, primeira Imperatriz do Brasil, Arquiduquesa da Áustria, Princesa Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, Duquesa de Bragança, primeira esposa de dom Pedro I, primeiro Imperador do Brasil.
Em 1831, o povoado foi elevado à categoria de vila, quando o governo de Goiás fez transladar para São Pedro de Alcântara a vila de Carolina, mudando de jurisdição. Daí em diante, os governos do Maranhão e Goiás viveram em constante litígio pela posse da vila, até 1854, quando pelo decreto nº 773, de 23 de agosto, a questão foi encerrada, reincorporando-se o discutido vilarejo ao território maranhense, com a denominação de Carolina.
O município de Carolina está localizado no polo turístico da Chapada das Mesas, sudoeste do Estado do Maranhão, a uma distância de 860 quilômetros de São Luís, capital do Estado. A cidade possui uma população aproximada de 26 mil habitantes e teve seu processo de formação relacionado à expansão do ciclo do gado pelo interior maranhense, tendo o rio Tocantins como a principal rota comercial e de integração entre cidades dos Estados do Maranhão, Pará e o antigo estado Goiás, atual Tocantins. Sua emancipação ocorreu no dia 08 de julho de 1859. A economia local está alicerçada no comércio varejista e atividades agropecuárias, agricultura de subsistência, pequenas indústrias, mercado informal, além das atividades turísticas que hoje assumem um papel de grande relevância na geração de divisas, emprego e renda. O destino tem sua base atrativa caracterizada nos elementos de natureza típicos do bioma cerrado, em meio a formações geomorfológicas de grandes platôs que dão origem a chapada das Mesas com seus 22 rios perenes.
As visitações decorrem na área do Parque Nacional da Chapada das Mesas e área do entorno, onde se destacam as cachoeiras de Pedra Caída, Prata, São Romão; no centro histórico de Carolina que preserva um conjunto de 522 casas tombadas pelo IPHAN/ MA no ano de 1992 e ainda nos tradicionais eventos que fazem parte do calendário turístico do destino, a exemplo da Festa do Divino Espírito Santo (maio), Festa Junina (junho), Festejo de São Pedro de Alcântara (outubro).
Tais eventos são anualmente fomentados para a geração de fluxo turístico na baixa temporada. A cidade oferece 35 meios de hospedagem; 550 unidades habitacionais, 1.684 leitos, 27 guias regionais de turismo, 4 agências de receptivo, 13 atrativos naturais gerando juntos mais de 400 empregos diretos no destino.
O município de Carolina faz parte do Parque da Chapada das Mesas, que compreende uma área de 1.229 quilômetros quadrados .Com tanta água que corre nos rios da região, na década de 40 foi construída na cidade a primeira hidrelétrica da Amazônia. Além disso, ela foi a pioneira na fabricação de sabonete e óleo comestível em todo o Nordeste, e o movimento de pessoas e produtos era tão intenso que chegava a ser, muitas vezes, maior do que o da própria capital, São Luís.
Chapada das Mesas: Um parque para o mundo
O Parque Nacional da Chapada das Mesas tem ainda grande importância local, pois protege as nascentes de muitos rios que são utilizados para abastecimento, lazer e pesca. A conservação do bioma Cerrado e a recuperação das áreas que já foram alteradas também ajudam a manter as boas condições do clima e das chuvas, beneficiando toda a região.
As chapadas, formações geológicas em arenito com mais de 60 milhões de anos, com paredes quase a prumo e topo plano como mesas dão o nome à região onde o parque se encontra.
O Cerrado encontrado na região da Chapada das Mesas é composto por um mosaico de formações vegetais, existindo desde áreas cobertas com vegetação rasteira com arbustos escassos (formações savânicas), até áreas cobertas com florestas de árvores relativamente altas com grande dossel (formações florestais).
Estância Ecológica Vereda Bonita: Atração inspira preservação do meio ambiente
As trilhas foram desenvolvidas para os visitantes que vão desfrutar da prática de caminhada rústica, dos banhos em piscinas naturais e cachoeiras de águas cristalinas, e que possam também despertar a consciência ecológica nos visitantes.
O proprietário, Marcelo Assub já tem experiência com a atividade turística há mais de 20 anos. Paulistano, ele resolveu investir no Maranhão e tem pousada no litoral do estado do Maranhão e mais recentemente tem investido de maneira forte em Carolina. Atualmente ele é proprietário de uma pousada e da Estância Ecológica Verde Bonita, bem no entorno do Parque da Chapada das Mesas. Pode-se afirmar que o local é o mais novo atrativo turístico de Carolina.
Ali, os turistas realizam trilhas ecológicas e interpretativas que discorrem sobre a importância do meio ambiente em suas vidas. As trilhas, sempre acompanhadas por guias locais, visam não somente a transmissão de conhecimentos, bem como propiciam atividades que revelam os significados e as características do ambiente por meio do uso dos elementos originais, por experiência direta e por meios ilustrativos, sendo assim instrumento básico de programas de educação ao ar livre.
O contato com a natureza é o elemento motivador para dar encanto e interesse pela atividade física e educação ambiental. Para a equipe da Estância Ecológica Vereda Bonita, a motivação é puramente educativa e procura desenvolver a educação ambiental nos conceitos e nas atitudes, motivando os participantes no desenvolvimento de valorização, preservação e conservação do ambiente.
Antes da implantação dessa estrada parque, onde também havia exploração de caçadores, Marcelo afirma que retirou das dependências do local mais de 200 sacos de lixo, quase uma tonelada e meia de plásticos, garrafas, alumínios e outros detritos oriundos de poluição humana. Atualmente o local gera mais de 10 empregos diretos, e recuperou uma área imensa de vegetação. Cada visitante planta uma árvore depois de sua visita, contribuindo para a ampliação e recuperação das matas nativas de Cerrado e ciliar. Marcelo criou até uma pequena balsa de pets, para que os turistas possam brindar e brincar com o que antes era jogado nas margens das lagoas, das matas e das corredeiras.
O preço do passeio é R$ 150,00 por pessoa inclui trilhas, banhos de cachoeira e em rios cristalinos, caminhada contemplativa com explicações sobre os ecossistemas percorridos e a importância de cada planta, além das refeições que incluem água, sucos e um banquete de frutas tropicais numa piscina cristalina.
Pedra Caída: Hotel e passeios de aventura
Um dos mais importantes pontos turísticos do Maranhão, o conjunto de cachoeiras de Pedra Caída também faz parte do Parque Nacional da Chapada das Mesas.
O local oferece completa estrutura para prática de tirolesa. A estrutura abriga: uma de 400 metros, outra de 600 metros e a última de 1.200 metros.
No total são cinco quilômetros de trilhas para melhor acesso ao conjunto de diversas cachoeiras da região. O local ainda apresenta um hotel e um parque de atrações de aventura. Investimentos do empresário Pedro Iran Pereira Espírito Santo, apelidado como o “ Rei do Rio”, pois é ele quem opera a maior parte das balsas que trasladam carros e pessoas entre Tocantins e cidades do sul do Maranhão.
E conta ainda com estrutura para a prática de rapel, além de um heliporto e um teleférico que liga a base da tirolesa de 1.400 metros ao ponto mais alto da região. No período te alta temporada, Pedra Caída chega a receber mais 900 pessoas em um único dia. Ela fica a 35 quilômetros da sede de Carolina, às margens da BR-010.
O resort Pedra Caída, que fica a apenas 500 quilômetros de distância de Palmas, e outros 850 de São Luis em Carolina, é referência em termos de hospedagem na região. Pedra Caída é uma boa opção. Com boa infraestrutura e localizada numa das regiões mais bonitas do país, o Parque Nacional da Chapada das Mesas, além de belas cachoeiras, o complexo oferece outras atrações capazes de manter em atividade constante os visitantes.
Um dos lugares imperdíveis é a Cachoeira do Santuário. É a atração mais próxima da sede. Para chegar até ela, é preciso descer uma escada íngreme e atravessar um cânion repleto de vegetação e de enormes samambaias.
A diária inclui taxa de portaria (quem desejar apenas acessar o complexo paga uma taxa por veículo), café da manhã, academia, sala de jogos, acesso às piscinas naturais, artificiais com hidromassagem, toboágua e estacionamento. O valor da hospedagem varia de R$ 380,00 o apartamento standard para casal.
Os passeios e esportes praticados dentro do complexo Pedra Caída são pagos a parte. Os passeios das cachoeiras oferecidas aos visitantes e hóspedes são: Santuário, R$ 25,00; Garrote e Porteira, R$ 40,00; Caverna e Capelão, R$ 40,00; Pedra Furada, R$ 20,00. Os passeios são: Tirolesa 1400 m, R$ 80,00; Tirolesa 1200 m, R$ 70,00; Teleférico: R$ 50,00. Um dos passeios recomendados é o que te leva para conhecer duas cachoeiras, o trajeto é feito a carro, veículos traçado (off road) disponível no próprio complexo, o trajeto de 13 quilômetros, é todo em estrada de terra.
A primeira parada é na belíssima Cachoeira do Garrote, uma sequência de pequenas quedas d’água, ótima parada para banho, depois a viagem segue até a Cachoeira da Porteira, água cristalina e pura, antes de voltar é possível ainda conhecer outra atração, o Poço “Sonrisal”, onde a água gira e borbulha forte, como uma pastilha efervescente no copo. O nome GARROTE (novilho macho),vem dos antigos moradores da região, conta-se que um garrote quebrou uma das pernas quando tomava água, e lá morreu, então os antigos moradores diziam, quando queriam se referir ao local: “Lá na cachoeira que o garrote morreu”, com o passar dos anos o nome ficou.
A Cachoeira da Porteira tem o mesmo nome dado ao rio, Rio Porteira, conta-se que antes, havia uma porteira sobre o rio que dividia as terras dos antigos proprietários. A ponte pênsil que tem o nome de “Ponte do Pedro” é uma atração já inclusa no passeio ao Santuário, ao retornar da cachoeira, os guias levam até a ponte, é preciso coragem para atravessar, mostre a sua.
O complexo Pedra Caída fica a apenas 36 quilômetros de Carolina, que oferece opções de hospedagem e alimentação, 136 quilômetros de Araguaína e 220 km de Imperatriz (MA). As diárias começam às 13h00 e terminam às 12h00 do dia seguinte. Tente evitar o período de alta estação, julho e janeiro, pois as filas são enormes e o serviço fica muito prejudicado. Mesmo com algumas reclamações por parte dos frequentadores, e preços bem salgadinhos dos passeios, vale passar o dia. O local tem a sorte de ter a cereja do bolo, pois guarda em suas dependências a cachoeira do Santuário. É impossível sair de lá sem se emocionar.
Do Enquanto isso no Maranhão, com informações: Qual Viagem
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